Ano novo sempre o deixa triste, saudade da mãe que mora na Bahia, depois de quatro anos no Rio de janeiro ainda não podia trazê-la para morar com ele. Talvez ela nem aceitasse vir para a tal “cidade grande”, ela gostava de vida pacata. Pescar, fofocar e mariscar, a perfeição da vida sem ambição.
Os telefonemas diminuíam a saudade, mas pior que a saudade de alguém que está longe é a de quem está por perto, essa sim dói pela falta de capacidade de ser resolvida e ao mesmo tempo por estar tão próxima, dualismo cartesiano longe/perto é o resumo dessa situação.
Valquíria, esse é o nome. Linda, esperta e, para ele a melhora qualidade que uma pessoa podia ter, trabalhadora. A mulher dos sonhos de Thor, coincidência os dois terem nomes da mitologia nórdica. O dele foi escolhido por acaso, sua mãe viu um veranista, ou turista se preferir, com esse nome, gostou e pôs no filho. O dela foi o pai viciado em mitologia que a batizou assim, Valquíria.
Explicações à parte, a questão hoje era simples: Thor queria passar o ano novo na praia, porém Valquíria tinha que trabalhar, plantão, e por isso o mandou ir sozinho para a comemoração. E agora a latinha de cerveja era sua companheira.
11:45, quase ano novo e ele já na terceira latinha estava sentado na areia, na mesma direção do quiosque onde há dois anos conheceu Valquíria, depois disso era tradição passar o ano novo em frente a ele.
Sentiu o celular vibrar em seu bolso e o atendeu:
- Alô – berrou no telefone.
- Amor – disse uma voz conhecida – liguei para te desejar feliz ano novo.
- Eu queria que você estivesse aqui comigo, no nosso lugar – disse com a voz triste.
- Eu também – respondeu ela – sempre estamos juntos, mesmo em pensamento.
- Não é a mesma coisa. Queria você aqui comigo – agora falando mais baixo e quase com metade do corpo na água.
- Quer mesmo? – disse ela.
- Claro, Valquíria eu te amo, quero sempre você ao meu lado, sempre!
- Então é só virar para o quiosque e sair da água! – berrou ela.
Ele se virou e no meio da multidão conseguiu reconhecer o vestido branco que ela adorava usar, correu para a areia desesperadamente, o abraçou como um faminto que vê um prato de comida e entre beijos e afagos os fogos de artifício serviam de plano de fundo para o amor dos dois.
**FELIZ ANO NOVO, QUE 2010 SEJA UM ANO ÍNCRIVEL A TODOS, SEMANA QUE VEM POST NOVO**
Os telefonemas diminuíam a saudade, mas pior que a saudade de alguém que está longe é a de quem está por perto, essa sim dói pela falta de capacidade de ser resolvida e ao mesmo tempo por estar tão próxima, dualismo cartesiano longe/perto é o resumo dessa situação.
Valquíria, esse é o nome. Linda, esperta e, para ele a melhora qualidade que uma pessoa podia ter, trabalhadora. A mulher dos sonhos de Thor, coincidência os dois terem nomes da mitologia nórdica. O dele foi escolhido por acaso, sua mãe viu um veranista, ou turista se preferir, com esse nome, gostou e pôs no filho. O dela foi o pai viciado em mitologia que a batizou assim, Valquíria.
Explicações à parte, a questão hoje era simples: Thor queria passar o ano novo na praia, porém Valquíria tinha que trabalhar, plantão, e por isso o mandou ir sozinho para a comemoração. E agora a latinha de cerveja era sua companheira.
11:45, quase ano novo e ele já na terceira latinha estava sentado na areia, na mesma direção do quiosque onde há dois anos conheceu Valquíria, depois disso era tradição passar o ano novo em frente a ele.
Sentiu o celular vibrar em seu bolso e o atendeu:
- Alô – berrou no telefone.
- Amor – disse uma voz conhecida – liguei para te desejar feliz ano novo.
- Eu queria que você estivesse aqui comigo, no nosso lugar – disse com a voz triste.
- Eu também – respondeu ela – sempre estamos juntos, mesmo em pensamento.
- Não é a mesma coisa. Queria você aqui comigo – agora falando mais baixo e quase com metade do corpo na água.
- Quer mesmo? – disse ela.
- Claro, Valquíria eu te amo, quero sempre você ao meu lado, sempre!
- Então é só virar para o quiosque e sair da água! – berrou ela.
Ele se virou e no meio da multidão conseguiu reconhecer o vestido branco que ela adorava usar, correu para a areia desesperadamente, o abraçou como um faminto que vê um prato de comida e entre beijos e afagos os fogos de artifício serviam de plano de fundo para o amor dos dois.
**FELIZ ANO NOVO, QUE 2010 SEJA UM ANO ÍNCRIVEL A TODOS, SEMANA QUE VEM POST NOVO**
Primeira visita aqui. Gostei do conto de Ano Novo, muito esperançoso. Feliz 2010 também, entre muitos livros e escritos!
Um conto cotidiano, o encontro dos apaixonados na ´´virada de ano´´ como dizem. Por mim, com este conto, fecha bem o Ano meu caro.