Sempre me orgulhei dele, minha figura paterna, forte quando necessário e doce quando eu chorava por algum motivo. Sua hombridade me deixava orgulhoso de chamá-lo de pai, mesmo sendo meu avô, mais é como ouço dizer, pai é quem cria e não o homem que transou com sua mãe. Não adiantava ouvir o contrário, ele sempre foi meu herói, carregando a família nas costas, aceitando seus ditos “defeitos”, inclusive o meu, me surpreendendo com a frase dita no meio de uma briga feia: “Você é meu neto, não gosto disso que você escolheu para sua vida, mas não vou te abandonar”, as lagrimas vieram na mesma hora e o abraço desesperado de um neto com sentimento de culpe e um avô/pai tendo que se acostumar com algo que para ele era o pior que podia acontecer com um neto foi visto naquela casa.
Hoje tenho vontade de chorar quando o vejo, é um esboço do que já foi um dia, uma piada entristecedora do homem forte que eu admiro, é pesado ir vê-lo, me dói, me aflige e por mais desumano que posso fazer o leitor pensar, preferia que ele morresse de uma vez, seria mais humano do que ver a degradação de seu corpo e mente, as palavras ditas ao acaso, lembranças do passado de menino pescador, da marinha, do filho deixado de lado. Os berros dados à noite, o fraldão que é seu companheiro agora. Além do fato de não reconhecer ninguém e confundir pessoas, eu mesmo já fui o rapaz do caju, o amigo marinheiro e o vendedor de sorvete.
Avô, mesmo sabendo que você não vai ler isso, quis pôr em texto o que me entristece a quem ler esse relato, espero não ter parecido piegas, ou egoísta, mas sentimentos são. Delmiro, você sempre será meu exemplo, meu espelho, meu avô e principalmente meu pai, mesmo você nem lembrando mais de mim, eu te amo e sempre te guardarei no coração.
Hoje tenho vontade de chorar quando o vejo, é um esboço do que já foi um dia, uma piada entristecedora do homem forte que eu admiro, é pesado ir vê-lo, me dói, me aflige e por mais desumano que posso fazer o leitor pensar, preferia que ele morresse de uma vez, seria mais humano do que ver a degradação de seu corpo e mente, as palavras ditas ao acaso, lembranças do passado de menino pescador, da marinha, do filho deixado de lado. Os berros dados à noite, o fraldão que é seu companheiro agora. Além do fato de não reconhecer ninguém e confundir pessoas, eu mesmo já fui o rapaz do caju, o amigo marinheiro e o vendedor de sorvete.
Avô, mesmo sabendo que você não vai ler isso, quis pôr em texto o que me entristece a quem ler esse relato, espero não ter parecido piegas, ou egoísta, mas sentimentos são. Delmiro, você sempre será meu exemplo, meu espelho, meu avô e principalmente meu pai, mesmo você nem lembrando mais de mim, eu te amo e sempre te guardarei no coração.
Olá, André...Sabe que ler esse seu texto acabou me levando de volta pra um lugar muito aconchegante e morno, onde apesar de ter meu pai comigo, a presença e referência paterna mais forte que eu tive (na maior parte da minha infância), foi a do meu avô portanto, entendo esse seu amor e essa falta grande. Um beijo e bom final de semana. Obs: Vim antes mas não consegui postar.