1.8.10

Os vaga-lumes

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 A lua destoava da escuridão que imperava naquela noite sem nuvens e nem estrelas, ele andava sem pressa, pisando com o “All Star” vermelho de cadarços pretos. Arrumou o boné e tocou a campainha da casa e aguardou até ela abrir a porta, com os cabelos meio molhados, uma camiseta branca, calça jeans e o surrado tênis que ele adora. Beijou-a de forma serena e como sempre sentiu o mundo girar sem precisar sair do lugar.
 A segurou pela mão e foram para o lugar aonde ele queria lhe fazer o pedido tão ensaiado em seu quarto. Pegaram um ônibus para chegar, andaram por vinte minutos e enfim chegaram “lá”, era um lugar alto, podia se ver a cidade e suas luzes frenéticas à esquerda e a direita se via um lago silencioso e apesar dos mosquitos o lugar era romântico. Sentaram-se na grama e olharam o horizonte, engraçado como ali sozinhos podendo fazer tudo eles preferiram ficar juntos olhando o horizonte.
 Comeu o biscoito deitado com ela recostada sobre seu peito, ele agradeceu a idéia que sua mãe teve de colocar repelente na mochila.
- Noite linda, não é Parsifal? – engraçado como ela achava que seu nome ficava bonito dito por ela.
- Concordo.
- Poderia ficar aqui para sempre – disse ela com os cabelos escondendo o rosto.
- Para sempre? Aí veríamos o dia e a noite, o dia e a noite, o dia e a noite, dia e noite... – disse balançando a cabeça.
- Viraria rotina.
- Exato! E como eu sei bem que você odeia rotina...
-Exato – repetiu o tom de voz dele – Parsifal, acho melhor a gente ir embora, ta ficando meio tarde.
 Ela tirou a cabeça do peito dele e se levantou e esticou os braços na direção dele que a segurou, a envolveu em seus braços e a beijou.
- Verônica – empostou uma voz solene – você gostaria de ser minha namorada oficialmente?
- O que você acha? Claro!
 O vento fez a sua parte fazendo as folhas voarem e os vaga-lumes se espantarem, iluminando com um tom verde a escuridão em volta dos dois. Como cena de filme romântico 

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